A microbiologista Clarisa Palatnik de Sousa /IMPG-UFRJ
Professora Clarisa Palatnik, cujas pesquisas estão no âmbito do Estudo dos glicoconjugados de Leishmania donovani, dedica-se há vinte anos ao desenvolvimento da vacina contra a Leishmaniose, doença que atinge com maior incidência aos cães da região nordeste, e que pode ser transmitida ao homem por meio de inseto hospedeiro, Lutzomya longipalpis, que pica cães infectados e depois contamina também os humanos. A doença afeta, anualmente, três mil pessoas no Brasil.
"O Brasil é um dos quatro países no mundo que concentra 90% dos casos. Embora não seja endêmica no Rio de Janeiro, a leishmaniose atinge principalmente o Nordeste, com o maior número de casos (64,2%), enquanto no Sudeste e Centro-Oeste se observa 13,63% e 8,22% dos doentes, respectivamente". (fonte: Boletim FAPERJ)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a Leishmaniose visceral, uma das seis maiores endemias do planeta, pois atinge anualmente, cerca de 500 mil novos casos em humanos.
A vacina recebeu em 2011 a licença definitiva para sua fabricação, o que contribuiu para o aumento de sua oferta, pois vinha recebendo desde 2003, licenças anuais para produção em escala comercial, em associação com a empresa americana Fort Dodge, adquirida posteriormente pela Pfizer.
Com a concessão da licença permanente a vacina se consolida como uma fundamental contribuição para a erradicação da leishmaniose visceral canina.
Segundo a pesquisadora, a orientação da política pública de saúde era de que os cães infectados fossem sacrificados, fato que gerou uma motivação a mais para o desenvolvimento de sua pesquisa.
Em 2006, professora Clarisa Palatnik depositou cinco patentes, a primeira tratou-se do Bloqueador da Transmissão da doença, a concessão da patente ocorreu em 2014. Foi concedida também no México em 2015.
Em 2018, professora Palatnik deposita a primeira patente internacional da vacina, nos países, Itália, França, Espanha e Portugal.
A segunda patente concedida em trinta de agosto de 2018 refere-se ao uso da vacina com composição terapêutica imunoquimioterápico para o tratamento da Leishmaniose viceral, trata-se de um kit imunoterapeutico, contemplando a vacina e o tratamento quimioterapeutico. A instituição de registro foi a United States Patent and Trademark Office.
A equipe do projeto 'Coral Probiótico' recebeu o prêmio #outofthebluebox Recife Inovação desafio. Trata-se de um Prêmio de consulta popular. O trabalho foi o CAMPEÃO da escolha popular na busca por soluções para salvar recifes de corais do Programa Australiano OutOfTheBlueBox. Pessoas de todo o mundo escolheram o projeto que consideraram de maior impacto ambiental. O Premio foi uma iniciativa que contou com a parceria da grande barreira de recifes de coral, secondmuse e da Universidade de Queensland apoiada pela Tiffany & Co. Fundação.
Diversos grupos de pesquisas, aproximadamente 15 países, enviaram suas propostas. O Projeto Coral Probiótico conquistou a confiança e esperança do comitê e de milhares de pessoas que votaram na proposta do Projeto.
Segundo a professora Raquel Peixoto:
“Esse é mais um incentivo e apoio para continuarmos focados e entusiasmados em mover essa pesquisa em frente, em busca de proteção para os corais!!!!! Muito obrigado a todos!”
Mais informações, clique AQUI.
“Pessoal,
Escrevo para agradecer do fundo do coração a todos que votaram e torceram por nós! Pelo carinho de não deixar de votar até mesmo quando o site deu problema. Pelo cuidado em nos mandar tantas mensagens de torcida e incentivo. Isso já inha valido demais, e como!
E para melhorar ainda mais... Ganhamos o prêmio do "Out of the Blue Box", oferecido pela Fundação Grande Barreira de Corais e Tiffany & Co!!! Ele vem pra UFRJ ;-)
Muito feliz com a torcida calorosa e participação de vocês! A vitória é nossa!
Abraços”
Raquel e equipe
Titulares: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Inventores: Andrew Macrae Antonio Jorge Ribeiro da Silva Ida Carolina Neves Direito Leda Cristina Santana Mendonça Ricardo Machado Kuster
CARTA PATENTE Nº PI 0902939-7
A utilização de agrotóxicos pelos produtores brasileiros sempre foi um assunto polêmico e uma inspiração para os pesquisadores na busca de biopesticidas e/ou métodos de controle ambiental contra o uso abusivo de agrotóxicos.
O Dossiê, publicado em 2015 pela Abrasco, FIOCRUZ e outros órgãos de pesquisa, aponta que agrotóxicos já contaminam o solo, a água e até mesmo o leite materno (Fonte: APREAA – Associação Paranaense dos Expostos ao Amianto). A partir desse mesmo documento, foi constatado que no Brasil se consome o equivalente a 7,3 litros de agrotóxicos por pessoa todo ano.
Diante desse cenário, um grupo de professores da UFRJ, desenvolveu um método que permite detectar e mensurar a concentração de agrotóxicos contaminantes em amostras ambientais. O grupo não só desenvolveu o método como também os instrumentos de aferição/análise que deram origem ao KIT para monitoramento e/ou detecção de agrotóxicos contaminantes no ambiente.
A vantagem do KIT em relação aos antigos protocolos já existentes é que ele não utiliza grande quantidade de substâncias tóxicas, além de fechar a análise em menor tempo.
Por apresentar uma característica inventiva, referente a nova metodologia de aferição e análise da concentração de agrotóxico no ambiente, a Agência de Inovação da UFRJ requereu a proteção intelectual junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A carta patente foi expedida em 2018.