O documentário americano Em busca dos Corais reporta o trabalho de três anos de uma equipe formada por cientistas, fotógrafo e mergulhadores que monitoraram as formações de corais nos oceanos.
O grupo constatou que o aquecimento global tem impactado de forma devastadora na saúde das florestas de corais, esse efeito pode ser observado nas florestas de corais da Oceania, Bahamas e da Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis.
Segundo o Biólogo Gustavo Duarte da UFRJ, membro do Conselho de Pesquisas do AquaRio, essas algas são a principal fonte de alimento dos corais. Sem o alimento os corais ficam stressados e perdem a cor, ou seja, eles morrem. Gustavo afirma que em determinadas regiões estão se formando desertos de corais, onde se pode observar a presença de esqueletos de corais sem cor e sem vida.
Para solucionar o problema, um grupo de pesquisadores do Instituto de Microbiologia da UFRJ e do centro de pesquisas do AquaRio desenvolveram um método de proteção e de recuperação desses ecossistemas.
A equipe recolhe na superfície dos recifes, bactérias capazes de proteger os corais contra os fatores externos, como o aumento da temperatura da água. Esses microrganismos são reproduzidos em laboratório e posteriormente compõem um coquetel probiótico que é aplicado nas áreas afetadas.
Esse método foi testado em uma colônia de corais coletada no litoral da Bahia e disposta em um tanque aquecido no AquaRio. O remédio conseguiu bons resultados, cessando o processo de branqueamento e fazendo com que a cor fosse recuperada gradativamente.
A equipe chama a atenção de que embora o método tenha apresentado sucesso, para cada espécie de coral existe uma receita específica.
A bióloga Raquel Peixoto (IMPG/UFRJ) é a líder do projeto e responsável pela apresentação da iniciativa no European Coral Refff Symposium, na Universidade de Oxford, Inglaterra. Raquel foi convidada pela Universidade da Califórnia a liderar um grupo formado por profissionais de seis países, que planeja implementar o “coquetel probiótico” em diferentes ecossistemas.
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Fontes: The Guardian e Veja Rio
A área de Relações Internacionais do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG) identificou um número elevado de instituições francófonas que já realizam acordos abertos de doutorado em cotutela com a UFRJ.
Com o objetivo de apresentar as universidades francesas e o modo de formalizar os acordos, a direção realizou no dia 9 de março, encontro com a coordenadora do Campus France no Brasil, Aline Martello e Philippe Michelon, Adido de Coordenação para a Ciência e a Tecnologia. O encontro reuniu os coordenadores de Graduação, Pós-Graduação e Relações Internacionais do IMPG e do CCS.
Após reunião com a direção, Aline Martello fez uma apresentação detalhada para os estudantes de graduação e pós-graduação do Instituto sobre o acesso às universidades francesas e sobre como se manter na França durante o período de estudo.
O Rio de Janeiro já pode dizer que tem uma cerveja de corpo (ou copo) e alma carioca. A equipe coordenada pelo professor Marco Miguel do Instituto de Microbiologia da UFRJ desenvolveu uma cerveja fermentada com uma levedura que é carioca até no nome: Saccharomyces cariocanus.
A levedura foi isolada da Mata Atlântica no Rio de Janeiro pelo professor já aposentado Dr. Allen Hagler. A equipe do Professor Marco Miguel estudando a coleção do Instituto de Microbiologia buscou microrganismos com potencial para uso como fermentos em cervejarias. Dentre vários microrganismos com potencial, uma estirpe da espécie S. cariocanus se destacou.
O organismo apresentou versatilidade, sendo possível a produção de diferentes tipos de cervejas. Segundo o professor Marco Miguel, atualmente o Brasil tem um importante papel no mercado mundial, tanto como produtor, quanto consumidor de cervejas. Muito embora, o país ainda não tenha desenvolvido uma identidade nesse setor.
“Ainda que exista uma crescente produção de malte nacional e uma vestigial produção de lúpulo, a rica biodiversidade brasileira apresenta um potencial para que tenhamos um papel mais significativo na produção mundial de novos fermentos“.
No caso da levedura Saccharomyces cariocanus, as cervejas produzidas têm como característica aroma e sabor complexos, que podem lembrar as cervejas belgas, seu aroma nos remete a uma caminhada pela Floresta da Tijuca no Rio de Janeiro, uma característica marcante da levedura, afirma o prof. Marco Miguel.
“Estamos aumentando os estudos e esperamos em breve fazer uma produção em escala industrial. A cerveja, que já tem nome: 'Cariocana', depende agora de uma parceria para produção e comercialização em escala industrial“. Professor Marco Miguel