Por Tatiana F. Robaina,Gabriella S. Mendes,Fabrıcio J. Benati,Giselle A. Pena, Raquel C. Silva, Miguel A.R. Montes,Maria Elisa R. Janini,Fernando P. Câmara e Norma Santos.
Este estudo é o resultado de uma colaboração entre o Instituto de Microbiologia e a escola de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Através de analises por PCR foi detectada a presença de polyomavirus na saliva de indivíduos saudáveis. Das 291 amostras testadas 71(24.3%) foram positivas pra pelo menos um dos polyomavirus testados.
A detecção foi mais alta, principalmente, em indivíduos com 15-19 anos de idade (46.0%; 23/50) e em uma escala menor em pessoas com 50 anos de idade (33.3%; 9/27). Estes resultados reforçam a hipótese de que a saliva pode ser uma via para a transmissão do BKV e que a cavidade oral pode ser um sitio de replicação viral. Outros polyomavirus podem ser transmitidos de modo similar.
Shedding of Polyomavirus in the Saliva of Immunocompetent Individuals
The aim of this study was to investigate and compare the frequency of BKV, JCV, WUV, andKIV in the saliva of healthy individuals. Samples were analyzed for the presence of polyomaviruses (BKV, JCV, WUV, and KIV) DNA byreal-time PCR. Of the 291 samples tested, 71 (24.3%) were positive for at least one of the screened polyomaviruses. Specifically, 12.7% (37/291) were positive for WUV, 7.2% (21/291) positive for BKV, 2.4% (7/291) positive for KIV, and 0.3% (1/291) positive for JCV. BKV and WUV co-infections were detected in 1.7% (5/291) of individuals. No other co-infection combinations were found. The mean number of DNA copies was high, particularly for WUV and BKV, indicating active replication of these viruses. Polyomavirus detection was higher among individuals 15–19 years of age (46.0%; 23/50) and 50 years of age (33.3%; 9/27). However, the detection rate in the first group was almost 1.7 % greater than the latter. WUV infections were more frequent in individuals between the ages of 15 and 19 years and the incidence decreased with age. By contrast, BKV excretion peaked and persisted during the third decade of life and KIV infections were detected more commonly in subjects 50 years old. These findings reinforced the previous hypotheses that saliva may be a route for BKV transmission, and that the oral cavity could be a site of virus replication. These data also demonstrated that JCV, WUV, and KIV may be transmitted in a similar fashion.
J. Med. Virol. 85:144–148,2013. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jmv.23453/pdf
Por Fernando Portela Câmaraa, Luiz Max de Carvalhoa, and Ana Luisa Bacellar Gomesb
aSector for Infectious Diseases Epidemiology, Institute of Microbiology, Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ), Health Sciences Center - Block I, University City - Fundão Island, Rio de Janeiro - RJ - CEP: 21941-590, Brazil
bInstituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brazil
A febre amarela é uma arbovirose que no Brasil ocorre apenas na forma silvestre, Neste trabalho foi realizada uma analise demográfica de 831 casos que ocorreram no Brasil no período de 1973-2008 para determinar os grupos de risco da população. O estudo identificou homens adultos, com 30 anos, moradores de áreas rurais nos estados do Pará, Goiás, Maranhão e Minas Gerais que não foram vacinados ou cuja vacina estava vencida como o principal grupo doença. Dos casos notificados ocorreu uma taxa de mortalidade de 51% ( 421/831).
Demographic profile of sylvatic yellow fever (SYF) in Brazil from 1973 to 2008
Yellow fever is an acute, frequently fatal, febrile arbovirosis that in Brazil occurs only in the sylvatic form. Sylvatic yellow fever (SYF) appears in sporadic outbreaks over a large area of Brazil. In this paper, we analyze the demographic profile of 831 SYF cases that occurred between 1973 and 2008, to determine which segments of the exposed population are at greater risk.
Trans R Soc Trop Med Hyg (2013)doi: 10.1093/trstmh/trt014
In press http://trstmh.oxfordjournals.org/content/early/2013/02/25/trstmh.trt014.abstract
Por: Deivid Costa Soares, Teresa Cristina Calegari-Silva, Ulisses Gazos Lopes, Valéria Laneuville Teixeira, Izabel C. N. de Palmer Paixão, Claudio Cirne-Santos, Dumith Chequer Bou-Habib, Elvira Maria Saraiva.
Leishmaniose é uma doença que afeta milhões de pessoas em 98 países dos cinco continentes, e o Brasil, figura entre os mais afetados por essa parasitose causada pelo protozoário Leishmania. Os medicamentos utilizados para a terapia das leishmanioses apresentam vários problemas, como por exemplo, alto custo, efeitos colaterais adversos e o surgimento de parasitos resistentes. Todos esses fatores estimulam a pesquisa de novos fármacos para terapia das leishmanioses, e produtos naturais ou sintéticos constituem uma importante fonte para essas buscas.
Em estudo com a participação de pesquisadores de diferentes instituições (IMPG/UFRJ, IBCCF/UFRJ, UFF e IOC/FIOCRUZ, RJ), demonstramos que o Dolabelladienetriol, um composto isolado da alga D. pfaffii, foi capaz de reduzir significativamente o número de parasitos nas células hospedeiras infectadas, sem apresentar toxicidade para as células do hospedeiro.
É interessante notar que o Dolabelladienetriol apresenta também atividade contra o Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV-1) como publicado pelos pesquisadores do IOC e da UFF (Cirne-Santos C et al., Planta Med. 2006). Casos de co-infecção Leishmania/HIV-1 constituem um problema emergente em saúde pública, tendo sido relatados em diversos países e também no Brasil. Nesses casos, ocorre uma multiplicação exacerbada tanto do HIV-1 quanto da Leishmania, o que agrava ambas doenças e dificulta o tratamento.
No nosso trabalho, demonstramos que Dolabelladienetriol foi capaz de inibir a multiplicação tanto do parasito, quanto do HIV-1 em células co-infectadas por esses agentes infecciosos. O Dolabelladienetriol reduziu também a infecção pela Leishmania, mesmo em condições nas quais o crescimento do parasito estava exacerbado por citocinas.
Assim, nossos dados apontam o Dolabelladienetriol como uma substância promissora para o desenvolvimento de uma nova terapia para infecções por Leishmania, tanto na doença causada apenas por este parasito, quanto quando em associação com HIV-1.
Dolabelladienetriol, a Compound from Dictyota pfaffii Algae, Inhibits the Infection by Leishmania amazonensis.
Soares DC, Calegari-Silva TC, Lopes UG, Teixeira VL, de Palmer Paixão IC, Cirne-Santos C, Bou-Habib DC, Saraiva EM.
Chemotherapy for leishmaniasis, a disease caused by Leishmania parasites, is expensive and causes side effects. Furthermore, parasiteresistanceconstitutes an increasing problem, and new drugs against this disease are needed. In this study, we examine the effect of the compound 8,10,18-trihydroxy-2,6-dolabelladiene (Dolabelladienetriol), on Leishmania growth in macrophages. The ability of this compound to modulate macrophage function is also described.
Our results indicate that Dolabelladienetriol significantly inhibits Leishmania in macrophages even in the presence of factors that exacerbate parasite growth, such as IL-10, TGF-β and HIV-1 co-infection. Our results suggest that Dolabelladienetriol is a promising candidate for future studies regarding treatment of leishmaniasis, associated or not with HIV-1 infection.
Publicado em :PLoS Negl Trop Dis. 2012; 6 (9):e1787.
doi: 10.1371/journal.pntd.0001787.