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Por: Deivid Costa Soares, Teresa Cristina Calegari-Silva, Ulisses Gazos Lopes, Valéria Laneuville Teixeira, Izabel C. N. de Palmer Paixão, Claudio Cirne-Santos, Dumith Chequer Bou-Habib, Elvira Maria Saraiva.

Leishmaniose é uma doença que afeta milhões de pessoas em 98 países dos cinco continentes, e o Brasil, figura entre os mais afetados por essa parasitose causada pelo protozoário Leishmania.  Os medicamentos utilizados para a terapia das leishmanioses apresentam vários problemas, como por exemplo, alto custo, efeitos colaterais adversos e o surgimento de parasitos resistentes. Todos esses fatores estimulam a pesquisa de novos fármacos para terapia das leishmanioses, e produtos naturais ou sintéticos constituem uma importante fonte para essas buscas. 

amazonensis

Em estudo com a participação de pesquisadores de diferentes instituições (IMPG/UFRJ, IBCCF/UFRJ, UFF e IOC/FIOCRUZ, RJ), demonstramos que o Dolabelladienetriol, um composto isolado da alga D. pfaffii, foi capaz de reduzir significativamente o número de parasitos nas células hospedeiras infectadas, sem apresentar toxicidade para as células do hospedeiro.

É interessante notar que o Dolabelladienetriol apresenta também atividade contra o Vírus da Imunodeficiência Humana tipo 1 (HIV-1) como publicado pelos pesquisadores do IOC e da UFF (Cirne-Santos C et al., Planta Med. 2006). Casos de co-infecção Leishmania/HIV-1 constituem um problema emergente em saúde pública, tendo sido relatados em diversos países e também no Brasil. Nesses casos, ocorre uma multiplicação exacerbada tanto do HIV-1 quanto da Leishmania, o que agrava ambas doenças e dificulta o tratamento.

No nosso trabalho, demonstramos que Dolabelladienetriol foi capaz de inibir a multiplicação tanto  do parasito, quanto do HIV-1 em células co-infectadas por esses agentes infecciosos. O Dolabelladienetriol reduziu também a infecção pela Leishmania, mesmo em condições nas quais o crescimento do parasito estava exacerbado por citocinas.

Assim, nossos dados apontam o Dolabelladienetriol como uma substância promissora para o desenvolvimento de uma nova terapia para infecções por Leishmania, tanto na doença causada apenas por este parasito, quanto quando em associação com HIV-1. 

Dolabelladienetriol, a Compound from Dictyota pfaffii Algae, Inhibits the Infection by Leishmania amazonensis.

Soares DCCalegari-Silva TCLopes UGTeixeira VLde Palmer Paixão ICCirne-Santos CBou-Habib DCSaraiva EM

Chemotherapy for leishmaniasis, a disease caused by Leishmania parasites, is expensive and causes side effects. Furthermore, parasiteresistanceconstitutes an increasing problem, and new drugs against this disease are needed. In this study, we examine the effect of the compound 8,10,18-trihydroxy-2,6-dolabelladiene (Dolabelladienetriol), on Leishmania growth in macrophages. The ability of this compound to modulate macrophage function is also described.

Our results indicate that Dolabelladienetriol significantly inhibits Leishmania in macrophages even in the presence of factors that exacerbate parasite growth, such as IL-10, TGF-β and HIV-1 co-infection. Our results suggest that Dolabelladienetriol is a promising candidate for future studies regarding treatment of leishmaniasis, associated or not with HIV-1 infection.

Publicado em :PLoS Negl Trop Dis. 2012; 6 (9):e1787.

doi: 10.1371/journal.pntd.0001787. 

alphavirus1. Department of Molecular and Structural Biochemistry, North Carolina State University,   Raleigh, North Carolina, USA. 

2. Instituto de Microbiologia and Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biologia    Estrutural e Bioimagem (INCTBEB), Federal University of Rio de Janeiro, RJ – Brazil 

Os resultados publicados no Journal of Virology foram produzidos pela colaboração entre a Universidade da Carolina do Norte e a Universidade Federal do  Rio de Janeiro, através do Instituto de Microbiologia e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biologia  Estrutural e Bioimagem. 

Os vírus iniciam o processo infeccioso transferindo seu genoma através da membrana celular da célula hospedeira. Para os alphavirus o modelo popular de penetração na célula compreende a entrada o vírus através de endocitose mediada por um receptor e fusão da membrana no endossomo.

Neste estudo utilizando técnicas de microscopia eletrônica e imunocitoquímica foi demonstrado que a entrada dos alphavirus ocorre através da penetração direta na membrana plasmática através de um poro formado pelo próprio vírus e possivelmente por proteínas na célula hospedeira.

 Alphavirus genome delivery occurs directly at the plasma membrane in a time and temperature dependent process.

It is widely held that Arboviruses such as the Alphavirus Sindbis gain entry to cells by a process of receptor mediated endocytosis followed by membrane fusion in the acid environment of the endosome.  We have used an approach of direct observation of Sindbis virus entry into ; cells by electron microscopy and immuno-labeling of virus proteins with antibodies conjugated to gold beads.  We found that upon attaching to the cell surface intact RNA containing viruses became empty shells which could only be identified by antibody labeling.  We found that the rate  

at which full particles were  converted to empty  particles increased with time and temperature.   We  found  that  this  entry  event  takes  place  at  temperatures  which  inhibit  both  endosome  formation and membrane fusion. We conclude that entry of alphaviruses is by direct penetration of cell plasma membranes through a pore structure formed by virus and, possibly, host proteins.

 J Virol (2013),

doi:10.1128/JVI.03412-12

http://jvi.asm.org/content/early/2013/01/30/JVI.03412-12.abstract?sid=ba6ac772-767a-43e4-9df9-c603cfb3d094

streptomycesPor Juliana Pacheco da Rosa, Elisa Korenblum, Marcella Novaes Franco-Cirigliano, Fernanda Abreu, Ulysses Lins, Rosângela M. A. Soares, Andrew Macrae, Lucy Seldin, and Rosalie R. R. Coelho

Um actinomiceto, o Streptomyces lunalinharesii Strain 235 isolado de solo brasileiro demonstrou atividade antimicrobiana contra uma bactéria envolvida em processo de biocorrosão, a Desulfovibrio alaskensis NCIMB 1349.

Esta pesquisa descreve pela primeira vez uma substância isolada de um actinomiceto com ação contra uma bactéria causadora de biocorrosão e abre um caminho para  a descoberta de novas  substancias biocidas  com aplicação industrial principalmente na indústria petroleira. 

Streptomyces lunalinharesii Strain 235 Shows the Potential to Inhibit Bacteria Involved in Biocorrosion Processes

Four actinomycete strains previously isolated from Brazilian soils were tested for their antimicrobial activity against Bacillus pumilus LF-4 and Desulfovibrio alaskensis NCIMB 13491, bacteria that are well known to be involved in biolm formation and biocorrosion. Strain 235, belonging to the species Streptomyces lunalinharesii, inhibited the growth of both bacteria.  e antimicrobial activity was seen over a wide range of pH, and aer treatment with several chemicals and heat but not with proteinase K and trypsin.  

 The antimicrobial substances present in the concentrated supernatant from growth media were partially characterized by SDS-PAGE and extracellular polypeptides were seen. Bands in the size range of 12 to 14.4 kDa caused antimicrobial activity. Transmission electron microscopy of D. alaskensis cells treated with the concentrated supernatant containing the antimicrobial substances revealed the formation of prominent bubbles, the spherical double-layered structures on the cell membrane, and the periplasmic space completely filled with electron-dense material. This is the frst report on the production of antimicrobial substances by actinomycetes against bacteria involved in biocorrosion processes, and these  fndings may be of great relevance as an alternative source of biocides to those currently employed in the petroleum industry.

BioMed Research International

Volume 2013, Article ID 309769

http://www.hindawi.com/journals/bmri/2013/309769/

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