Laura Nunes Silva, Thaís Pereira de Mello & Lívia de Souza Ramos – Egressas do curso de Doutorado do PPG-MICROBIOLOGIA – IMPG – UFRJ
Marta Helena Branquinha & André Luis Souza dos Santos – Professores Titulares do Departamento de Microbiologia Geral – IMPG – UFRJ
Maryam Roudbary – Escola de Medicina da Universidade de Ciências Médicas – Iran
Provocadas por microrganismos eucarióticos, as infecções fúngicas geralmente possuem pouca gravidade e são frequentemente associadas a lesões superficiais. Entretanto, estas infecções são especialmente preocupantes em pacientes com algum tipo de imunossupressão, que leva à reduzida atividade ou eficiência do sistema imunológico. Ao longo da trajetória da pandemia causada pelo COVID-19, a comunidade científica observou um aumento no número de infecções fúngicas em pacientes com COVID-19, que possuíam outros fatores predisponentes (por exemplo, diabetes, ventilação mecânica e "tempestade de citocinas"). Devido à complicada situação médica dos pacientes com COVID-19 e à coleta inadequada dos agentes infecciosos, a grande maioria das infecções fúngicas neste grupo de pacientes é identificada incorretamente. Na verdade, pesquisadores em todo o mundo enfrentam muitos desafios, tanto na identificação quanto no diagnóstico de infecções fúngicas. Portanto, o diagnóstico precoce e as estratégias com antimicrobianos adequados para tratar infecções fúngicas são essenciais para combater essas doenças em escala global. Além disso, o tratamento de infecções fúngicas custa milhares de dólares para os setores público e privado anualmente, o que pode se traduzir em um impacto considerável na economia dos sistemas de saúde em todo o mundo. Com todas essas informações em mente, a presente perspectiva se concentrou em resumir as infecções fúngicas (por exemplo, candidíase, aspergilose, pneumocistose e criptococose,) relatadas em pacientes COVID-19-positivos, com menção especial aos desafios atuais para o tratamento antifúngico adequado nesses indivíduos específicos.