Por Ivan Cardoso De Oliveira
Matéria escrita na disciplina de extensão de integração acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia
Periodicamente acompanhamos notícias sobre infecções hospitalares com microrganismos resistentes às terapias convencionais. Frequentemente os veículos de comunicação científica reportam casos de resistência e multirresistência bacteriana, fúngica, protozoária, viral e alguns casos de resistência helmíntica. Por outro lado, a descoberta e aprovação de novas classes de antimicrobianos têm levado décadas. Devido ao fato deste assunto ser relativamente amplo, focar-se-á nossa discussão na resistência bacteriana. Porém, primeiramente devemos abordar o mecanismo de ação dessas drogas e as formas de resistência às mesmas.
A forma de ação dos antibacterianos sejam estes antibióticos (origem biológica), semissintéticos (antibióticos modificados em laboratório) ou sintéticos (integralmente sintetizados em laboratório), baseia-se em poucos mecanismos. O resultado final da atuação destas drogas pode ser a morte do microrganismo ou a sua inativação metabólica. Os compostos que conduzem ao primeiro evento são chamados de bactericidas e os que levam ao segundo são chamados de bacteriostáticos. Quando tratamos da resistência bacteriana a estas drogas, verificamos que componentes biológicos bastante elaborados medeiam o fenômeno.