Athayde Junior é aluno da pós-Graduação em Microbiologia Geral do Instituto de Microbiologia Paulo de Goés (UFRJ) e bolsista de Doutorado Sanduíche no Exterior. Seu destino foi a Heriot-Watt University, localizada em Edinburgh, Escócia. A universidade é especialista em engenharia, negócios, ciências e líder em educação global inovadora para um mundo futuro. Confira, abaixo, o depoimento de Athayde sobre a sua experiência no exterior.
"O meu primeiro contato com Edinburgh foi frio. Não quanto aos escoceses que são bem receptivos (menos que nós, brasileiros), mas por outras questões. Bom, isso porque cheguei justamente no dia em que uma tempestade passava pela cidade. Então foi o frio, somado com a chuva e muito (muito) vento! Como havia decidido ir de trem e ônibus para minha acomodação, enfrentar esses fenômenos da natureza com duas malas nas mãos e uma mochila nas costas não foi muito agradável.
No dia seguinte, o contato com a cidade melhorou. Tive que fazer as primeiras compras no centro da cidade, pois não tinha muita coisa em casa. E aí eu notei o quanto os cidadãos de Edinburgh são bem educados, e prestativos às dúvidas de recém-chegados. Notei também que tudo que me alertaram sobre o sotaque escocês era verdade. Embora, eu não seja fluente em inglês, admito que tenho noção do ‘básico’ - pedir direções na rua, comprar comida, roupa -, mas ao ouvir o sotaque deles, reparei que teria mais um desafio na barreira linguística. Agora, um pouco mais habituado, confesso que “aye”, eu gosto do sotaque.
A cidade é linda! Com diversos castelos, igrejas e monumentos históricos que ficam mais deslumbrantes durante a noite e o inverno que aqui passamos. Edinburgh conta com muitos restaurantes com culinárias de todo o mundo. É possível perceber que além dos outros países europeus, há uma forte imigração árabe e indiana aqui, o que mostra que a cidade é bem adaptada a novas culturas. Um fato curioso que não pude deixar de notar é o transporte público daqui. Bom, como um usuário dos ônibus do Rio de Janeiro, eu não tive como não comparar com esse transporte rodoviário e ferroviário. As linhas de ônibus e trens de Edinburgh são frequentes, os veículos limpos, com horário (exato) para passar nos pontos, além de todo o itinerário destes estarem presente nos pontos. Louvável!
Louvável também é a estrutura da Universidade Heriot-Watt, na qual estarei estudando. O campus é grande e arborizado, com lago e parques onde os alunos podem aproveitar o dia. Os prédios são bem conservados, com inúmeros espaços para estudo fora das salas de aula, todos cobertos com rede Wi-Fi. A Universidade conta com diferentes setores com diferentes especialidades para apoio aos alunos, como a ajuda acadêmica, saúde física e mental, ajuda a estudantes internacionais e grêmio estudantil. Além de abrigar o ORIAM, um centro nacional de desenvolvimento de esportes, onde alunos, profissionais e membros da comunidade podem se exercitar na academia ou nas várias quadras de diferentes esportes.
Bom, com tudo isso eu já estou adorando a experiência que estou passando. Eu enxergo essa chance de estudar aqui como uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Profissional, visto que poderei aperfeiçoar meu nível de inglês, estou sendo orientado por um professor com expertise na área de pesquisa e também poder contribuir com o projeto do grupo que estou no laboratório Bioinovar. E inclusive como crescimento pessoal, uma vez que estou trabalhando com pessoas de diferentes nacionalidades, culturas e hábitos diferentes do que estava acostumado após estudar oito anos no Instituto de Microbiologia. Sou grato a Deus, ao IMPG, à minha orientadora, professora Alane Beatriz Vermelho e aos patrocinadores por essa oportunidade e confiança. E também estou ansioso quanto a esse período que estarei aqui, e que terei novos experimentos e novas experiências.
Athayde"
Athayde Neves Junior tem experiência na área de Microbiologia e Imunologia, com ênfase em Microbiologia. Bacharel em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2015), com experiência em Bioquímica Microbiana, com estudo no fenótipo de resistência múltipla a drogas em cepas clínicas de leveduras. Possui mestrado em Microbiologia pela UFRJ (2018), com estudo de enzimas microbianas de interesse industrial, com foco em pectinases microbianas. Atualmente cursando doutorado em Microbiologia no Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (UFRJ), na área de Microbiologia Industrial e Biotecnologia, participando de projeto de produção de biopolímeros para recuperação avançada do petróleo.
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