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ALUNOS CONTADORES

Era uma vez um grupo de alunos incríveis da UFRJ. Num belo dia esses alunos foram convidados para participar de um super projeto que salvaria o dia de muitas crianças. Com seus jalecos coloridos e suas sacolas repletas de livros infantis, esses super-heróis chegam diariamente no hospital para transformar as fábulas e os contos de fadas em realidade. Desde 2008 o Projeto Alunos Contadores de Histórias tem ajudado a desenvolver um espaço que promove alegria e conhecimento, incentivando o hábito da leitura e ajudando a amenizar o sofrimento das crianças e adolescentes atendidas pelo IPPMG/UFRJ. Tem um livro na sua estante que não usa mais? Quer ajudar? O projeto aceita em caráter permanente a doações de livros infantis. Basta entrar em contato através deste email. Conheça mais sobre o projeto em www.alunoscontadores.com.br.

epidemiologiahiv
O vírus da imunodeficiência humana emergiu na década de 1980 com uma assustadora taxa de mortalidade. Com o advento dos tratamentos cada vez mais eficazes, no entanto, a infecção pelo HIV não é mais uma sentença de morte. A epidemia é considerada controlada no Brasil, com uma taxa de cerca de 39 mil novos casos ao ano. Quatro a seis a cada mil pessoas é portadora do vírus no país, levando a um total de mais de um milhão de pessoas. E pelo menos um terço, aproximadamente 150 mil pessoas, não sabe de sua condição, segundo estimativa do Ministério da Saúde. Em contrapartida à taxa constante de novos casos, a taxa de soropositividade em jovens (15-24 anos) está aumentando a níveis alarmantes, mais de 50% em seis anos, talvez justamente por essa nova geração ter menos contato com o verdadeiro massacre que a AIDS já causou. Isso indica uma necessidade de mais campanhas voltadas para o público jovem, em relação ao uso do preservativo e da testagem frequente, tendo em vista que um dos principais motivos de mortalidade pela AIDS é o diagnóstico tardio. A taxa de mortalidade no país está decaindo, cerca de 10% na última década, por conta do tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS. Porém, ainda é significativa, com cerca de 11 mil óbitos em 2015. A recomendação da ONU é que o tratamento deve ser iniciado assim que o diagnóstico é feito, independente da carga viral ou do estado de saúde da pessoa, para evitar o desenvolvimento da doença mais grave e reduzir drasticamente o risco de transmissão. O Brasil, considerado pela ONU pioneiro no tratamento do HIV, já trabalhava dessa forma desde 2013, antes da recomendação, e foi o primeiro país a oferecer gratuitamente a terapia antirretroviral combinada.

A doença era originalmente associada à população homossexual masculina, devido à transmissão sexual do vírus ser mais eficiente pela forma anal. Entretanto, estamos em uma nova fase da epidemia, em que o maior número de casos novos corresponde a heterossexuais (67,5% em 2012, 58% dos quais eram mulheres). Já entre mulheres homossexuais, a transmissão é rara. Dessa forma, atualmente não se fala mais em grupo de risco, mas sim em comportamento de risco, como a relação sexual sem preservativo. Em uma pesquisa, um terço dos jovens admitiu não usar o preservativo nunca ou quase nunca, e poucos tinham conhecimento da profilaxia pós-exposição, que já se encontra disponível no Brasil, e pode ser administrada até 72 horas após uma situação de alto risco para contrair o HIV.
Um grande problema associado ao HIV é a transmissão vertical, da mãe para o filho, seja na gestação, parto ou amamentação, que ainda é uma importante fonte de contaminação, apesar de altamente evitável (probabilidade de 2% se tomadas todas as medidas de prevenção). Quando essas crianças vão parar em abrigos, o estigma ainda associado ao HIV é um grande obstáculo para que elas sejam adotadas. Cerca de 85% dos candidatos à adoção não aceitam crianças com HIV, e a porcentagem que essas crianças representam no Cadastro Nacional de Adoção é de 3%, um valor alto em comparação com a média na população, que é de 0,46% na faixa etária mais prevalente (15-49 anos). E enquanto estão nos abrigos, por desinformação, essas crianças frequentemente são isoladas das outras, impedidas de utilizar copos e talheres comuns, por medo de que qualquer contato mais próximo transmita o vírus. Os candidatos a pais relatam o medo de que a criança morra cedo, ou de que possam ser contaminados. Esses temores são infundados atualmente, pois o tratamento oferecido pelo SUS é de alta qualidade, e se a criança toma os medicamentos de forma correta, vive uma vida normal. A adoção nesse contexto é um fator que ajuda no prognóstico dessas crianças, pois a tendência é que com uma família os remédios sejam administrados mais de acordo com o prescrito, enquanto nos abrigos muitas vezes não é possível dar uma atenção especial a cada criança. Sendo assim, com esse gesto de amor, todos só têm a ganhar.

Mais notícias sobre o assunto:

http://www.aids.gov.br/noticia/40-da-mortalidade-de-pacientes-com-aids-esta-ligada-diagnostico-tardio
http://www.brasil.gov.br/saude/2015/01/mortalidade-de-aids-cai-13-nos-ultimos-10-anos-no-brasil
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/12/adocao-de-criancas-com-hiv-ainda-e-excecao-no-pais-4653682.html
http://www.brasil.gov.br/saude/2015/07/onu-aponta-o-brasil-como-referencia-mundial-no-controle-da-aids
http://especiais.g1.globo.com/bemestar/2015/o-retrato-da-adocao-no-brasil/
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/61302-criancas-e-adolescentes-disponiveis-para-adocao-tem-problema-de-saude
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/11/casos-de-hiv-entre-jovens-aumentam-mais-de-50-em-6-anos-no-brasil.html

Por Tabatha Avellar de Barros

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