Com o derrame de petróleo que vem atingindo as águas da região nordestina, maior desastre brasileiro em extensão territorial, surge a necessidade de entender como se comportam os seres que compõem esses ambientes. Pensando em salvar a preservar a vida dos recifes, tanto dessas regiões quanto de muitas outras, cientistas brasileiros desenvolveram probióticos que têm se mostrado eficientes na tarefa de proteger e recuperar corais vítimas de degradação.
O Projeto Procorais, pioneiro nessa tarefa, foi fundado em 2014 pelo Instituto de Microbiologia da UFRJ. Os trabalhos do Procorais e seus projetos têm recebido bastante reconhecimento na comunidade científica mundial. O grupo de Raquel Peixoto, professora do IMPG, recentemente recebeu um prêmio e patrocínio internacional um trabalho sobre os coquetéis probióticos produzidos com micro-organismos que vivem nos próprios corais para salvar a Grande Barreira de Corais, na Austrália.
Os Micro-organismos Benéficos aos Corais (BMCs, na sigla em inglês) são micróbios que aumentam as defesas naturais dos animais e são primordiais para o desenvolvimento dessa ação preventiva. Apesar dos estudos do Procorais ainda estar em andamento e demandar pelo menos cinco anos para que possa ser usado como intervenção nas consequências desses desastres, os probióticos representam uma possibilidade de proteger os corais da poluição por óleo. Principalmente ao considerar que aproximadamente 8,4 milhões de toneladas de produtos derivados do petróleo são lançados nos oceanos todos os anos, segundo pesquisas do grupo.
Raquel Peixoto é Professora do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes, e Professora Visitante na Universidade da California Davis, membro permanente dos Programas de Pós-Graduação do Instituto de Microbiologia (UFRJ) e de Biotecnologia Vegetal e bioprocessos (UFRJ), Bolsista de Produtividade CNPq, Jovem Cientista do Nosso Estado/FAPERJ e ex-Coordenadora Nacional da Área de Microbiologia Ambiental da Sociedade Brasileira de Microbiologia (2012-2016). Para mais informações sobre a professora, clique AQUI.
Para conferir na íntegra a matéria que O Globo fez sobre o projeto, clique AQUI.