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Reitor Roberto Lereh, Vice-Reitora Profa. Denise Nascimento, Decano do CCS Prof. Luiz Eurico Nasciutti, Diretora do IMPG Profa. Alane Beatriz Vermelho, Prof. Emérito José Mauro Peralta, Prof. Sergio Eduardo Fracalanzz, Prof. Marcelo Torres Bozza.

Comissão de Honra formada pelas professoras: Ligia Maria Peçanha, Eliana Barreto, Lúcia Martins Teixeira, Celuta S. Alviano, Agnes Marie Sá Figueiredo e Norma Suely O. Santos.

Na última sexta-feira, dia cinco de abril, o Reitor Roberto Leher outorgou o título de Professor Emérito a José Mauro Peralta, membro do corpo docente do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, do departamento de Imunologia.

A emerência é um título conferido a professores aposentados com carreira docente diferenciada por sua qualidade e relevância do conhecimento desenvolvido em prol do bem social.

“São professores que atingiram um nível diferenciado no exercício de sua atividade acadêmica nas diferentes áreas do saber”, como bem colocou o Prof. Sérgio Fracalanzza, ao apresentar a trajetória profissional do Prof. Peralta.

O reconhecimento de sua trajetória foi ressaltado pelo professor Marcelo Bozza, coordenador do departamento de imunologia   área de atuação do professor Peralta. O Prof. Marcelo Bozza enfatizou a importante contribuição à área, ressaltou a paixão e dedicação que pautaram sua prática profissional, tanto na pesquisa quanto em sala de aula.

O texto de apresentação da trajetória profissional do prof. Peralta organizado por Sérgio Fracalanzza discorre suas valiosas contribuições e a vocação presente desde de sua primeira formação:

“Professor José Mauro Peralta é médico, formado pela Universidade Gama Filho em 1975, mas, desde a sua adolescência, sempre teve a sua atenção direcionada para as descobertas relacionadas à Saúde Pública, principalmente aquelas voltadas ao desenvolvimento de vacinas e à prevenção de infecções.

O início foi a realização do Curso de Revisão e Atualizaçãoem Métodos de Microbiologia e Imunologia (CARMMI), ministrado no Instituto de Microbiologia, em 1976. Esse curso foi um marco para muitos docentes e pesquisadores do país e do exterior, particularmente da América do Sul, no campo da Microbiologia e Imunologia.

Em 1977, já cursando o Mestrado no Instituto de Microbiologia, foi convidado pelo Prof. Wilson Chagas de Araújo para ocupar uma vaga de Professor Auxiliar de Ensino no Departamento de Imunologia.

Concluído o curso de Mestrado em 1979, através de estudos desenvolvidos sob o tema “Diagnóstico sorológico da infecção chagásica em doadores de sangue do Rio de Janeiro¨, Peralta foi desafiado a dar um salto e partir para novos horizontes.

No final de 1979, com o incentivo do Dr. Wilson e com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), através da concessão de uma bolsa de estudos no exterior, iniciou estudos nos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Atlanta, Georgia, USA, sob a orientação da Dra Shirley Maddison com a finalidade de realizar treinamento e elaborar a parte experimental da tese de doutoramento. Durante o Doutorado realizou trabalho pioneiro na purificação de antígenos de Schistosoma mansoni e no desenvolvimento de técnica de diagnóstico utilizando a recém-publicada estratégia de produção de anticorpos monoclonais.

Em janeiro de 1981, foi promovido a Professor Assistente e, em 1986, já como professor adjunto, obteve seu Título de Doutor no Programa de Pós Graduação em Ciências (Microbiologia) no IMPG da UFRJ, com o trabalho "Obtenção e caracterização de anticorpos monoclonais para antígenos de Schistosoma mansoni”.

A experiência, dedicação do Prof. Peralta pela implementação de linhas de pesquisa de ponta e com alta relevância em Saúde Pública, que pudessem ter impacto imediato em percentual elevado de pessoas na comunidade, levaram-no a estreitar colaborações com a Fiocruz, assumindo entre 1989 e 1990, com liberação parcial da UFRJ, o cargo de Chefe do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico de BioManguinhos e assessorando, na área de laboratório, os Programas da Divisão Nacional de DST/AIDS e Divisão Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde.

Com o advento de novas metodologias e o emprego das técnicas de detecção de DNA no diagnóstico de doenças infecciosas, o Prof Peralta realizou importantes colaborações com o Dr. Gabor Patonay da Universidade Estadual da Geórgia e com os Drs. Victor Tsang e Norman Pianiazek do CDC no período de 1993 a 1995.

Em 1998, assumiu por concurso o cargo de Professor Titular do Departamento de Imunologia do IMPG.

A diversidade e importância das linhas de atuação do Prof. Peralta levaram-no a pesquisa de protozoários entéricos, através de PCR em tempo real para o estudo de microsporídeos, amebas e criptosporídeos. Com este projeto, o Prof. Peralta coordenou uma rede de pesquisa, financiada por um programa do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (DECIT) e a Fundação de Amparo a Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ), que teve como objetivo implantar novas técnicas de diagnóstico molecular em hospitais e instituições públicas da cidade do Rio de Janeiro, envolvendo 15 instituições e 60 pesquisadores, entre 2008 e 2016.

Finalmente, nos últimos anos, o Prof. Peralta tem coordenado e colaborado em três linhas de pesquisa que têm sido de grande importância na área de saúde pública.

A importância deste trabalho pode ser medida pelos convites recebidos para atuar como consultor de órgãos internacionais participando de reuniões no CDC (2013) e Genebra, Suíça (2015).

Não menos importante do que a intensa atividade de ensino, pesquisa e formação de Mestres e Doutores foi a participação do Prof. Peralta em atividades administrativas universitárias como a Chefia do Departamento de Imunologia do IMPG, a Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciências do IMPG (1990-1992) e a Direção do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, exercida no período de 1998 a 2002.

Professor Sérgio Fracalanzza fechou sua explanação com uma saudação ao novo Emérito do Instituto de Microbiologia.

“Caro Prof. José Mauro Peralta, é um orgulho para nós, da comunidade UFRJ e do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes recebê-lo, agora, como Professor Emérito e poder continuar a usufruir de todo o seu conhecimento acumulado em tantos anos de trabalho, sempre com o objetivo maior de oferecer à Saúde Pública a contribuição necessária para o desenvolvimento científico aplicado a melhoria da qualidade de vida da população”. 

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