Está no ar o primeiro episódio do podcast "Microbiando", produzido por professores da UFRJ com o apoio da SBPC/RJ. Esse podcast traz noticias e atualidades do mundo da microbiologia e imunologia, sempre de maneira divertida e casual. O podcast tem vários quadros, desde discussões de artigos científicos de alto impacto, novidades e a história dos pesquisadores por trás da ciência. Além disso, estaremos sempre em contato com nossos ouvintes, respondendo às suas perguntas e tirando dúvidas.
O professor Leandro Lobo, Secretário Regional da SBPC/RJ e um dos anfitriões do programa comenta: "Podcasts são programas de áudio sob demanda, ou seja, você pode baixar esse conteúdo e escutar no seu celular, computador ou tocador de mp3 a qualquer hora. Eu sou um grande fã de podcasts, e meus momentos preferidos são no trânsito ou no laboratório, mas também quando estou executando tarefas tediosas como limpeza da casa ou cozinhando. Mas escuto até mesmo na hora do descanso, relaxando na praia por exemplo."
O primeiro episódio está disponível no site A Ciência Explica, onde você pode ouvir no seu computar ou baixá-lo. Pode também ser encontrado nos aplicativos de podcast para Apple e Android.
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A cidade do Rio de Janeiro sediou a 30ª. Conferência Anual do FAUBAI (Associação Brasileira de Educação Internacional) , no período de 14 a 18 de abril. Esse é o evento mais importante da área internacional das universidades e atrai equipes de gestores de relaçõe internacionais (RI) de diversos paises.
Richard Brunt e a Dr. Erica Arthur, da Universidade de Birmingham, componentes da equipe responsável pela aproximação com o Brasil, estiveram com a profa. Juliana Cortines (coordenadora de RI do IMPG), em reunião informal que contou com a participação do prof. Andrew Macrae (coordenador de Relações Internacionais do CCS), da jornalista Andréa Pestana (coordenadora adjunta de RI/CCS) e da prof. Agnes Marie Sá Figueiredo (coordenadora de Pós-Graduação).
O grupo discutiu sobre as possibilidades de parcerias trazidas pelo Edital CAPES- PrInt e os gestoores de RI de Birmingham pontuaram algumas das áreas de interesse de parceria com o Instituto:
O professor Andrew Macrae ressaltou a necessidade de que cada unidade tenha uma estratégia de mensuração de seu nível de internacionalização e comentou que a política adotada pelo Centro de Ciências da Saúde foi motivar que cada professor tivesse ao menos uma parceria internacional.
Para a diretora do Instituto, profa. Alane Beatriz Vermelho, a Internacionalização é responsável por trazer às unidades “novos ventos” que resultam em inovação e no desenvolvimetno de novas linhas de pesquisa.
A jornalista Andréa Pestana, que atua como coordenadora adjunta de Relações Internacionais do CCS pontuou a necessidade de um alinhamento maior entre as áreas de internacionalização e comunicação.
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Matéria escrita na disciplina de extensão de integração acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia. Creditação da extensão no Instituto de Microbiologia.
Matéria escrita por Fernanda Rei, aluna do 8º período do curso de graduação em Ciências Biológicas: Microbiologia e imunologia.
No ano de 1998, o Rio de Janeiro notificou o primeiro caso do que seria a sua epidemia mais longa. Desde então, houve um aumento do número de pessoas com lesões nas camadas profundas da pele. Tratava-se de uma micose (doença causada por fungo) conhecida por esporotricose. O que acometia duas pessoas por ano, passou a acometer, em média, quase setecentas, caracterizando um grande problema para a saúde pública do Estado do Rio.
Embora a doença já fosse conhecida, foi a primeira vez que a esporotricose foi vista como uma zoonose (doença que acomete animais e é transmissível ao humano). Considerada a micose mais comum da América Latina, a esporotricose acomete humanos e animais, causando nódulos e úlceras na pele, sendo os fungos do gênero Sporothrix responsáveis pelo desenvolvimento dessas lesões.
O fungo causador da esporotricose geralmente se espalha pelo sistema linfático do hospedeiro. As feridas que se formam são doloridas e apresentam um aspecto que pode parecer assustador, mas que, em geral, não provoca maiores complicações no indivíduo. Apenas em casos em que o paciente está com alguma deficiência imunológica (HIV positivo, por exemplo), a doença pode comprometer sua vida.
O fungo Sporothrix está presente naturalmente no solo, sendo contraído pelos animais e pessoas a partir do manuseio de terra ou plantas. Embora esta seja a via de transmissão clássica da doença, o aumento considerável dos casos de esporotricose humana, se deu a partir da transmissão zoonótica, quando o fungo é transmitido por mordidas ou arranhaduras de um animal doente. Vale lembrar que o animal também é um refém da doença e, assim como os humanos, precisa do tratamento adequado.
Nesse contexto, os gatos apresentam papel importante na disseminação da doença. Os gatos estão sujeitos a essa doença devido a seus hábitos comportamentais, como o contato com areia contaminada com o fungo e contato ou brigas com outros gatos infectados. Dessa forma, eles se tornam mais suscetíveis à doença do que o restante dos animais. Além disso, a população de felinos aumentou no Estado do Rio, facilitando a disseminação da esporotricose.
Popularmente, a esporotricose também é chamada de “doença do gato” porém os gatos não são os culpados. Existem diversos fatores ainda não esclarecidos sobre o impacto dessa doença nos felinos, mas já é conhecido que, dentre todos os hospedeiros, os gatos são as maiores vítimas do Sporothrix e não são poucos os casos de felinos que vão a óbito pela doença.
A esporotricose tem solução! Sua cura é lenta e requer paciência, mas o tratamento é eficaz. Uma excelente maneira de prevenção da disseminação seria a castração dos animais, pois isso controlaria a população crescente de gatos e diminuiria as brigas entre eles diminuindo, consequentemente, a contaminação de outros animais e humanos. É muito importante cuidar bem de nós mesmos e dos nossos felinos, em casos de esporotricose. Os gatos também são vítimas da doença e precisamos dar uma atenção especial a eles para um controle eficiente dessa epidemia.
Para maiores informações, a FIOCRUZ possui uma unidade com pesquisadores envolvidos no estudo da esporotricose e que disponibilizam um material sobre o assunto para a população. Acesso em FIOCRUZ-Esporotricose.
Barros, M. B., Schubach, A. O., Schubach, T. M., Wanke, B., e Lambert-Passos, S. R. (2008). An epidemic of sporotrichosis in Rio de Janeiro, Brazil: epidemiological aspects of a series of cases. Epidemiology & Infection, 136, 1192-1196.
Freitas, D. F. S., Valle, A. C. F. D., Paes, R. D. A., Bastos, F. I. P. M., e Galhardo, M. C. G. (2010). Zoonotic sporotrichosis in Rio de Janeiro, Brazil: a protracted epidemic yet to be curbed.
Foto esporotricose felina: Gremião, I. D., Menezes, R. C., Schubach, T. M., Figueiredo, A. B., Cavalcanti, M. C., e Pereira, S. A. (2015). Feline sporotrichosis: epidemiological and clinical aspects. Medical mycology, 53, 15-21.
Muniz, A. S., e Passos, J. P. (2009). Esporotricose humana: conhecendo e cuidando em enfermagem. Rev. enferm. UERJ, 17, 268-272.
Foto esporotricose humana: MAHAJAN, Vikram K. Sporotrichosis: an overview and therapeutic options. Dermatology research and practice, v. 2014, 2014.
Microscopia Sporothrix: http://thunderhouse4-yuri.blogspot.com.br/2015/05/sporothrix-schenckii-complex-revisited.html
http://sbdrj.org.br/catnoticias/sbdrj-lanca-cartilha-sobre-esporotricose/