Atualmente muito tem se falado a respeito da “imunidade de rebanho”. A imunidade de rebanho é alcançada quando uma boa parte da população desenvolve imunidade contra uma certa doença, fazendo com que a doença pare de circular e as pessoas que não desenvolveram a imunidade fiquem protegidas. Um exemplo clássico de imunidade de rebanho é a vacinação contra sarampo: quando 95% de uma população é imunizada, a doença desaparece e quem não pode tomar a vacina fica protegido.
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Coordenadora: Maria do Socorro Rosa Rodrigues de Carvalho
O projeto "Pequenas Formas Vivas" objetiva potencializar o processo ativo de ensino-aprendizagem e ampliar o interesse de alunos e da população, de um modo geral, pela Microbiologia por meio de uma abordagem centrada no “aprender a aprender”. Nosso tema de abordagem são “as pequenas formas vivas”, seres vivos tão pequenos, que só podem ser vistos por meio de um equipamento com potentes lentes de aumento, chamado microscópio. Quem são eles? Onde se encontram? Como controlá-los? As ideais e conceitos serão abordados de forma simples e divertidos, usando uma linguagem popular. O objetivo deste projeto é a divulgação do conhecimento científico, especificamente o da Microbiologia. O projeto é a concepção de um novo método de Divulgação Científica, que se baseia no uso de PLATAFORMAS DIGITAIS para o ensino da Microbiologia. Esse modelo de ensino faz com que as pessoas se tornem protagonistas de seu próprio aprendizado. O tema central das postagens será focado em microrganismos de interesse em saúde pública de grande apelo à população. A escolha de PLATAFORMAS DIGITAIS justifica-se pela facilidade de acesso, baixo custo, além de fatores que estimulam discussões construtivas.
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O Cenário mundial apresenta esforços concentrados em pesquisas que tragam conhecimento e possíveis formas de contenção e tratamento do COVID-19, o novo coronavírus, que surgiu na China, na região de Wuhan, e possui forte parentesco com os vírus causadores da SARS e da MERS.
Este novo vírus respiratório é extremamente infeccioso e já levou a contaminação de mais de 100 mil pessoas em 116 países diferentes, carregando atualmente o status de pandêmico e encontra-se distribuído por todos os continentes.
Para entender as formas de atuação do vírus e conseguir alcançar algum tipo de tratamento no futuro, se faz necessário a compreensão da biologia molecular que envolve o COVID-19, ou seja, de como é o genoma do vírus e como ele funciona. Pesquisadores brasileiros conseguiram sequenciar em 48 horas (e em tempo real!) o genoma do COVID-19, auxiliando frentes de pesquisa no mundo inteiro.
Entretanto, o processo de sequenciamento e o sua utilidade não são muito difundidos fora do meio acadêmico. Desse modo, a intenção desse texto é tentar simplificar as informações sobre o método sequenciamento, sua utilidade e as razões pelas quais este é um feito incrível.
Sequenciamento genético seria a forma de desvendar a sequência de bases nitrogenadas de um genoma qualquer, sendo as bases representadas pelas letras A, T, C, G e U. No caso do COVID-19, o genoma é constituído por RNA fita simples, ou seja, sua sequência só envolve as bases A, U, C e G. Existem várias técnicas diferentes para se determinar qual é a sequência de um determinado genoma, tais técnicas são usadas em laboratório, entretanto estas são bastante demoradas e costumam levar meses para serem determinadas. Na Itália, por exemplo, o sequenciamento da cepa viral circulante demorou mais de 2 meses. Também são problemáticas no que se refere a genomas de RNA, pois precisam ser copiadas como DNA para então serem sequenciadas.
No caso do sequenciamento do COVID-19, uma tecnologia nova no mercado foi utilizada para tal feito, chamada de Nanopore, que realiza a técnica de forma mais rápida e não precisa tornar o RNA em DNA para sequenciar, podendo fazer o sequenciamento diretamente da fita original de RNA. O método utilizado por ela se dá pela passagem da fita de nucleotídeos por uma membrana sintética com nanoporos proteicos. A membrana possui uma carga elétrica e um nanosensor que detecta a carga que passa pela membrana. Uma vez que a fita passe pelo poro, uma base nitrogenada por vez, a carga da membrana varia de formas diferentes para cada base, e o sensor detecta essa variação de forma a associar tal variação com a base nitrogenada específica que a gera. A partir desse método, utilizando o dispositivo MiniON (um aparelho portátil do tamanho de um pen drive). Os pesquisadores da USP conseguiram um feito incrível para a ciência, pois, a partir da sequência, eles podem prever as proteínas que o vírus cria e tentar descobrir de onde veio o vírus e como ele se tornou infeccioso, de que forma ele infecta os hospedeiros, como ele se replica. É possível também saber se o vírus está mudando e até mesmo descobrir algum alvo possível para medicamentos e/ou vacinas.
Por mais que a pesquisa brasileira possua limitações e barreiras, a ciência desenvolvida no Brasil apresenta alto nível de qualidade e comprometimento de seus cientistas. Ambos reconhecidos internacionalmente.