Logo do Site

profnit

O mês de maio marcou o início do processo seletivo para a participação no Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT). O programa consiste num mestrado profissional dedicado ao aprimoramento da formação profissional dos interessados em atuar nas competências dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e demais ambientes promotores de inovação.

Inspirado na experiência bem sucedida do PROFMAT (Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional), a ideia do PROFNIT é atender à necessidade das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) de capacitarem seus gestores para a difícil tarefa de conduzir as questões relacionadas aos NITs.

Desde 2004, a Lei de Inovação (Lei 10.973) institui a criação dos NITs e atribui a eles a gestão da política de inovação das ICTs. Isto envolve, entre outras atividades, a avaliação dos resultados decorrentes de atividades e projetos de pesquisa, o acompanhamento do processamento dos pedidos, a manutenção dos títulos de propriedade intelectual e a realização de prospecções e transferências de tecnologia, por exemplo. No entanto, grande parte desses gestores enfrenta dificuldades para executar estas tarefas, principalmente por conta da insegurança jurídica que ainda cerca a atuação dos NITs sob sua coordenação.

No início de 2016, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015, que já havia sido aprovado por unanimidade pelo Congresso, foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff e passou a compor o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13243/16). O novo Marco promove uma série de ações para o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico, representando uma verdadeira reforma na legislação que regula a integração entre agentes públicos e privados.

Conforme explica Ricardo Pereira, coordenador da Agência UFRJ de Inovação: “Por conta de sua abrangência e de seu ainda desconhecido impacto, torna-se ainda mais importante que as diferentes instâncias de intermediação entre a academia e a sociedade, a exemplo dos NITs e das fundações de apoio, estejam preparadas para assumir os novos encargos ali expressos”. Segundo ele, a proposta de criação do PROFNIT vai exatamente ao encontro deste hiato ainda existente nas instituições públicas e privadas brasileiras, uma vez que a capacitação das equipes dos NITs ainda vem se dando de maneira muito fragmentada.

Programa aprovado com nota 4 pela CAPES

Já aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) com nota 4, o curso vem sendo elaborado pela Associação Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC) desde o ano de 2014, tendo contado com a participação de dezenas de docentes e pesquisadores do tema em várias instituições a ela associadas. Criado em 2006, o FORTEC é uma associação de representação dos responsáveis pelo gerenciamento das políticas de inovação e das atividades relacionadas à propriedade intelectual e à transferência de tecnologia nas universidades, institutos de pesquisa e demais instituições gestoras de inovação.

Como membro do FORTEC desde a sua fundação, a UFRJ é uma das instituições que foram consultadas sobre o interesse em integrar o PROFNIT, sinalizando de maneira positiva. Posteriormente foi proposto que coubesse à UFRJ assumir o papel de polo do PROFNIT no estado do Rio de Janeiro, atuando também na coordenação das atividades das demais instituições de ensino e pesquisa do estado, a exemplo de UEZO, UFRRJ, CEFET, além do próprio INPI.

Em função da necessidade do PROFNIT estar sediado em uma unidade acadêmica, o Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPPG) concordou em alocar este mestrado profissional em sua pós-graduação. Grande parte desta articulação envolvendo a UFRJ e outras instituições foi fruto do esforço da professora Flávia Lima do Carmo, coordenadora adjunta da Agência UFRJ de Inovação. Segundo ela: “Por ser um mestrado profissionalizante de âmbito nacional, é inestimável a contribuição do PROFNIT nesta área estratégica e de extrema importância para o desenvolvimento do pais. O aumento de profissionais capacitados para trabalhar com propriedade intelectual e transferência de tecnologia irá contribuir de forma efetiva para acelerar o processo de inovação”.

A grade curricular do programa contará com cinco disciplinas obrigatórias e treze optativas/eletivas. As obrigatórias são: Conceitos e Aplicações de Propriedade Intelectual (PI); Conceitos e Aplicações de Transferência de Tecnologia (TT); Prospecção Tecnológica; Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Estado Brasileiro; e Metodologia da Pesquisa Científico-Tecnológica e Inovação. Já as disciplinas eletivas são: Indicadores Científicos e Tecnológicos; Projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação; Pesquisa Tecnológica Qualitativa e Quantitativa; Indicações Geográficas e Marcas Coletivas; Propriedade Intelectual e suas vertentes em Biotecnologia Fármacos e Saúde; Propriedade Intelectual nas Indústrias Alimentícia e Química; Propriedade Intelectual nas Engenharias e nas Tecnologias da Informação e Comunicação; Propriedade Intelectual no Agronegócio; Gestão da Transferência de Tecnologia em Ambientes de Inovação; Valoração Sistêmica de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia; Negociação Contratos e Formalização de Transferência de Tecnologia; Empreendedorismo em Setores Tecnológicos; e Ambientes de Inovação e suas interações sistêmicas.

Vale destacar que disciplinas que integram o PROFNIT podem também ser oferecidas por outros programas de pós-graduação, a exemplo da matéria Prospecção Tecnológica, que pode ampliar a visão de pós-graduandos das áreas de Ciências Exatas, e da Saúde, entre outras.

Quaisquer dúvidas relativas ao PROFNIT podem ser encaminhadas para o email a seguir: profnit@inovacao.ufrj.br.

comunidaderespondeALERJ

Cientistas, pesquisadores e docentes ocuparam as escadarias da ALERJ em protesto à PEC 19/2016, que prevê redução de 50% do repasse de verba estadual destinada à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
O governador Luiz Fernando Pezão apresentou uma proposta de Emenda Constitucional que reduz o repasse atual de 2% da arrecadação do estado destinada à Fundação para 1%.

A comunidade cientifica do estado têm feito diversas manifestações nas instituições de pesquisa e ensino, rechaçando a iniciativa do governador e informando à população dos impactos negativos da proposta sobre o desenvolvimento científico do estado. A PEC 19/2016 não apenas interrompe projetos de pesquisas em andamento, como prevê um corte de 5 mil bolsas de pesquisa.
Cabe reforçar que, recentemente, a FAPERJ compôs seis redes de pesquisa sobre os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti que mobilizará 325 cientistas em todo o Brasil.

fotos not

paulo coutinho impg

Fonte: site SIQUIRJ – Sindicato da Industria de Produtos Químicos para fins industriais do Estado do Rio de Janeiro.

No último dia 14, Paulo Coutinho, convidado pela direção do IMPG, apresentou o novo Instituto SENAI Inovação – ISI, que tem como principal objetivo aumentar a produtividade e a competividade da indústria brasileira, por meio de soluções inovadoras.

O ISI tem como foco a inovação das empresas de base tecnológica, por meio de pesquisas aplicadas e projetos de inovação tecnológica, apoio laboratorial para prototipagem, serviços tecnológicos de alta complexidade e alto valor agregado, aumento de performance e redução de riscos tecnológicos em conexão com os principais atores de Sistema Nacional de Inovação consultoria e treinamento em diversas áreas.

Segundo Paulo Coutinho o ISI tem infraestrutura para 30 unidades, no caso específico do Rio de Janeiro, o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos oferecera soluções em bioquímica e química para produção e processos sustentáveis. Seus segmentos estratégicos são as indústrias de especialidade e bases químicas, biocombustíveis, agroquímica, indústria de bens de consumo, home & personal care, papel e celulose, óleo e gás.

O Instituto foi criado para atender a demanda de PD&I da indústria química brasileira, constatada a partir de estudos que indicaram a biotecnologia e novas matérias-primas renováveis como áreas em que o país possui vantagens competitivas, como o Plano Brasil Maior, o Estudo da diversificação da indústria química brasileira (BNDES/ABIQUIM) e a Agenda Tecnológica Setorial em química de renováveis (ABDI).

O ISI em Biossintéticos será instalado no Parque Tecnológico do Campus da Ilha do Fundão.

Paulo Coutinho ressaltou que o ISI tem o propósito de ocupar o espaço em inovação ainda não assumido pela academia e demais institutos de pesquisa do país.

  • sbctacnpqfaperjcapespetrobrassbm
  • rede de tecnologiafinep 2agencia de inovacaosebraeembrapanpi
  • projeto coralperiodicosCurta Logo Print 2cienciacommicrobios
Topo