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noticia microPor Igor Braga

Matéria escrita na disciplina de extensão da integração acadêmica do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia

Com o desenvolvimento da tecnologia, uma área especifica da ciência vem crescendo exponencialmente e ganhando muita força, a astrobiologia. Tendo seu primeiro projeto em 1959 e seu primeiro programa estabelecido em 1960 (ambos pela NASA), a astrobiologia, desde então, vem se desenvolvendo e já apresenta várias missões, como “Viking program” (1970), “beagle 2” (2003), “EXPOSE” (2008) e a última sendo a “mars Science laboratory” – “Curiosity” – ( 2012).

A astrobiologia é o estudo da origem, evolução, distribuição e futuro da vida no universo, seja na terra ou em outros planetas, e até em outros sistemas solares. Esta área multidisciplinar faz o uso da física, química, astronomia, biologia, biologia molecular, ecologia, geografia e geologia para investigar a possibilidade da existência de formas de vida, no passado e no presente, que comprovem a vida em outros planetas e outros sistemas solares. 

Meteróides e asteroides também são alvos de pesquisa, pois de acordo com a hipótese de panspermia, a vida na terra pode ter sido trazida por meteróides que abrigavam formas de vida primária, para isso, são implementadas buscas por indícios de vida nos mesmos, e tais pesquisas já conseguiram detectar matérias orgânicas em algumas amostras.

Sendo marte o planeta mais semelhante ao planeta terra, muitas missões e pesquisas são direcionadas para tal. 

“Curiosity “foi a última e, ainda ativa, missão enviada a marte, a partir dela a NASA decidiu focar sua busca em evidencias de vida antiga; pesquisa que perdura de 2012 até então. Durante esses 4 anos de pesquisa, alguns importantes achados foram feitos, e os principais foram:

  • Lugar adequado para a vida: A sonda curiosity achou que, na Marte antiga, havia a química certa para suportar uma vida microbiológica. Foram achados enxofre, nitrogênio, oxigênio, fósforo e carbono (ingredientes chave para a vida) na amostra do pó obtido a partir da perfuração de "Sheepbed" mudstone in Yellowknife Bay. A amostra também revelou minerais de argila e não muito sal, sugerindo a possibilidade de ter havido água potável no local.
  • Carbono orgânico nas rochas de Marte: moléculas orgânicas são a matéria prima para a vida, e foram achados em uma amostra em pó da rocha do mesmo local citado a cima. Este achado não indica necessariamente que houve vida em Marte, mas comprova que há “ingredientes” para que a vida possa acontecer neste planeta. Evidencia também o fato de que a matéria orgânica antiga pode ser preservada.
  • Presença e atividade de metano na atmosfera de Marte: foi detectado um nível de metano na atmosfera de Marte. Em um período de dois meses, foi observado um aumento de dez vezes da quantidade de metano. Isso foi um importante achado, pois metano pode ser produzido por microrganismos ou reações químicas (entre água e rocha por exemplo). O que estará causando essa presença?
  • Radiação em Marte: Foi identificado um nível de radioatividade acima do seguro para astronautas (estabelecido pela NASA). Duas formas de radioatividade foram encontradas: “galatic cosmic rays – GCRs” – (partículas causadas por explosões de supernovas e outros eventos de alta energia fora do sistema solar) e solar “energetic particles - SEPs “– (associado a explosões solares e ejeções de massa coronal do sol. A NASA usará dados de curiosidade para projetar missões seguras para os exploradores humanos)
  • Atmosfera espessa e água no passado de Marte: Foi encontrado na atmosfera as formas mais pesadas (isótopos) de hidrogênio, carbono e argônio, o que indica que o planeta em questão perdeu muito de sua atmosfera original e seu “inventário” hidráulico.
  • Foram encontradas rochas suaves e arredondadas que, provavelmente, rolaram por pelo menos algumas milhas. Elas se parecem com uma calçada quebrada, mas elas são uma base rochosa feita de fragmentos menores cimentadas juntas, ou o que os geólogos chamam de um conglomerado sedimentar. Isso indica que houve um fluxo contínuo de água na altura do joelho.

Com tais descobertas, a Astrobiologia vai avançando e trazendo novas esperanças para astro biólogos, causando a emergência de novas perguntas.

Novos projetos vem sendo pensados e arquitetados, projetos como: ExoMars (projetada pela agência espacial europeia – ESA) que irá buscar “ biosignatures” (substâncias que deflagrem inícios de vida em Marte) e está prevista para 2018 e a Mars 2020 (está em desenvolvimento pela NASA e tem possibilidade de ocorrer em 2020) que pretende investigar ambientes em Marte relevantes para a astrobiologia , investigar sua superfície, processos geológicos e história , incluindo a avaliação da sua habitabilidade passada e potencial para a preservação de biosignatures” e biomoléculas dentro de materiais geológicos acessíveis.

 

Referencias:

https://en.wikipedia.org/wiki/Astrobiology#Missions

http://mars.nasa.gov/msl/mission/science/results/

http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/quatro-principais-descobertas-marte-852505.shtml

http://www.galeriadometeorito.com/2014/12/sonda-curiosity-revela-grandes-descobertas-em-marte.html#.VsN0ytBrnC8

https://pt.wikipedia.org/wiki/Exobiologia

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